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Prematuridade: o que é, causas e como evitar nos pacientes

07/07/2022

Está começando a trabalhar com recém-nascidos? Então, você precisa conhecer o conceito de prematuridade e os detalhes envolvidos no processo!

A gestação ideal é aquela que dura entre 38 e 42 semanas. Quando o parto ocorre antes desse período, temos o que é chamado de “paciente prematuro”. A prematuridade, portanto, é a característica de quem chega ao mundo um pouco antes do tempo previsto.

Há muitos fatores que podem causar a prematuridade, sendo alguns deles preveníveis e outros, não. Ao longo do conteúdo, abordaremos algumas das possíveis razões para um bebê chegar ao mundo antes da DPP (Data Prevista do Parto) e como cuidar desses pacientes.

Continue a leitura e saiba mais sobre os bebês prematuros, entendendo quais são as suas demandas e aprendendo a lidar com essa situação que exige uma abordagem rápida, precisa e segura.

O que é prematuridade?

A prematuridade acontece quando um bebê nasce antes da 38ª semana de gestação. Isso é um problema, pois, ao longo da gravidez, cada dia conta para o desenvolvimento da criança, para que ela nasça devidamente saudável e madura.

A prematuridade é dividida em categorias, como vemos a seguir:

  • bebê nascido entre 34 a 37 semanas: prematuro tardio;
  • nascido entre 32 a 33 semanas: moderadamente prematuro;
  • nascido entre 28 e 31 semanas: muito prematuro;
  • nascido com menos de 28 semanas: extremamente prematuro.

Conhecer essas divisões e os cuidados que cada uma delas inspiram é fundamental para aumentar as chances dos recém-nascidos se desenvolverem adequadamente e, assim, receberem alta hospitalar.

Quais os sinais e sintomas da prematuridade?

A gestação, quando chega ao fim, traz alguns sinais bem característicos. Alguns dos principais são:

  • rompimento da “bolsa”;
  • pressão na região pélvica ou vaginal;
  • náuseas e vômitos;
  • cólicas;
  • dores nas costas.

Além disso, as contrações são um grande sinal de que o bebê está para chegar. Quando elas ficarem a apenas 10 minutos de intervalo, é hora de correr para o hospital, caso a paciente ainda não tenha ido. É importante orientar sobre esses sinais ao longo do pré-natal.

Quais são os tipos de parto prematuro?

De modo geral, há dois tipos de partos prematuros: os eletivos e os espontâneos. Os primeiros se referem àqueles que acontecem de maneira planejada, normalmente por meio de uma cesárea. Eles podem ocorrer por conta de alterações gestacionais como a pré-eclâmpsia, a placenta prévia ou complicações gestacionais variadas.

Já o parto prematuro espontâneo é o que acontece, como o nome diz, espontaneamente. Ele trará os sintomas mencionados no tópico anterior.

Quais as principais causas da prematuridade?

Além das complicações mencionadas acima, há outras possíveis causas para a ocorrência de partos prematuros. Alguns dos fatores de risco mais comuns são:

  • infecções variadas;
  • descolamento da placenta;
  • ausência ou carência de cuidados no pré-natal;
  • desnutrição materna;
  • diabetes gestacional;
  • tabagismo;
  • gestação com mais de um feto;
  • feto com alterações congênitas.

Além disso, a idade da mãe é um forte fator de influência na prematuridade. Caso a gestante tenha menos de 16 ou mais de 35 anos, as suas chances de dar à luz a um bebê prematuro aumentam. Outro fator de destaque está no histórico de pré-termos ou abortamentos anteriores.

Quais são as características mais comuns dos bebês prematuros?

As características dos nascidos prematuramente dependem da idade gestacional em que eles nasceram. No entanto, boa parte das vezes eles apresentam:

  • baixo peso (muitas vezes abaixo dos 2500g);
  • veias mais visíveis, devido à pele ser mais fina e delicada;
  • baixo índice de gordura corporal;
  • músculos mais fracos;
  • movimentos mais sutis;
  • respiração irregular;
  • reflexos lentos.

Quais são as complicações associadas à prematuridade?

Agora, é hora de você conhecer algumas das complicações mais frequentes quando o assunto é a prematuridade. Confira:

  • alterações respiratórias;
  • problemas para se alimentar;
  • alterações oculares, como a retinopatia;
  • problemas com sangramentos e hemorragias;
  • alterações cardíacas;
  • intolerância alimentar;
  • sepse;
  • acidose metabólica;
  • hipoglicemia;
  • icterícia neonatal.

Além disso, é importante ressaltar que os recém-nascidos têm uma grande dificuldade em manter a temperatura do corpo. Boa parte disso se dá por conta da baixa taxa de gordura corporal, mas alterações metabólicas também podem contribuir para o quadro.

Ou seja: o neonato deve ser acompanhado de perto para que intervenções sejam feitas rapidamente em casos de intercorrências.

Qual é o tratamento mais indicado para bebês prematuros?

O tratamento dependerá do grau de prematuridade do bebê, mas todos os casos demandam monitoramento constante. Normalmente, o bebê passa alguns dias ou semanas na incubadora, com o objetivo de se desenvolver adequadamente antes de receber alta.

Casos mais complexos exigem internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e até mesmo a realização de procedimentos cirúrgicos ou mais invasivos. No entanto, normalmente, isso está reservado aos neonatos com prematuridade mais acentuada.

Como evitar a prematuridade?

A melhor forma de evitar a prematuridade é orientar as gestantes a:

  • fazer um pré-natal adequado, seguindo todas as orientações da equipe responsável;
  • garantir bons níveis de nutrição, seja a partir da alimentação ou da suplementação (se necessário);
  • evitar estresse;
  • praticar atividades físicas, caso elas sejam liberadas pelos médicos;
  • evitar o consumo de álcool;
  • não fumar.

Há casos em que evitar esse problema não será possível. Nesses momentos, é importante preparar a gestante e orientá-la sobre como e quando procurar ajuda, a reconhecer os próprios sintomas e a saber o que esperar após o nascimento do bebê.

Como me preparar para lidar com a prematuridade na rotina médica?

Um bom médico generalista pode tranquilamente orientar uma gestante a fazer o melhor possível durante a gravidez e até mesmo prestar alguns cuidados ao neonato prematuro. No entanto, esses cuidados são extremamente delicados, e alguns casos exigem um conhecimento mais aprofundado sobre o tema.

É aí que entram as especialidades médicas. Por isso, o melhor caminho é investir em uma pós-graduação — como as da área de Neonatologia — ou em cursos livres sobre o tema. Se atualizar é sempre fundamental!

Gostou de saber mais sobre os aspectos da prematuridade e de conhecer formas de lidar com essa situação? Agora, é hora de caprichar nos estudos e, se possível, buscar cursos para aprofundar o seu conhecimento e ampliar as chances de fazer boas escolhas ao se deparar com casos do tipo.

Para isso, não deixe de conferir a nossa revisão de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal. Esse é um curso indispensável para quem lida com recém-nascidos, sejam eles prematuros ou não.

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